2013-06-09

À minha avó paterna, um dos poucos amores puros que tenho...

A fragilidade de um corpo
Não representa a força de uma alma!

Uma flor que nasce na intempérie,
Sobrevive ao tempo, às amarguras,
À fome e ao medo,
Sempre com um sorriso no rosto,
Sempre emanando a sua 
Magnifica beleza,
Sempre protegendo as outras vidas
Que a rodeiam…

O tempo corre e não perdoa,
O Homem colhe a flor,
Não a entende,
Nem verdadeiramente a admira,
Ela esforça-se por manter o seu esplendor,
E sem que vejam,
Recusa mostrar a sua fraqueza…

Longe do seu ar,
Longe das suas raízes,
Ela entristece,
Desiste da esperança…

Uma flor
Que nasce na intempérie,
Sobrevive ao tempo, às amarguras,
À fome e ao medo,
Sempre com um sorriso no rosto
Sempre emanando a sua
Magnifica beleza,

Uma flor,
De candura simples,
De alma guerreira,
Definha,
Confinada ao jarro,
Sem nunca ter visto o sol,
Sem nunca ter visto a primavera.

A fragilidade de um corpo
Não representa a força de uma alma!


CL

2009-06-03

nos teus olhos deixei-me perder nos verdes pastos,
como quando sonhamos acordados,
desfrutamos daqueles momentos com a máxima intensidade,
pensando que o mundo não existe...
Ali existem princepes e princesas,
As historias têm sempre finais felizes,
mesmo as mais tristes... que mais não seja
a princesa no colo do princepe...

As tuas palavras foram chaves
que abriram todas as minhas portas,
mesmo as mais bem fechadas...
e eu nem vi...ou
não quis ver....

Como mel, adocicaste-me o espírito,
com tudo o que queria ouvir...
fiozinhos desse mel teceram linhas do futuro
dourados pela luz do sol...
brilhavam para mim...

Como se possuisses espada e cavalo branco,
bradaste a todas as ameaças
que me surgiam pelo caminho...
eu, qual heroina,
deleitei-me nesse amor...

entreguei corpo e alma...
entorpecida
mas convencida
de que,
a felicidade guardada para mim
tinha finalmente chegado...

tinhas-me no teu colo,
guardada no teu abraço
deixei que me embalasses
na mais linda das canções....
como se voltasse ao útero
senti-me quente
escondida
segura...

olhava maravilhada para a tua face,
não conseguia ver mais nada....
só o futuro que desenhavas...

num dia como outro qualquer,
embalada ao teu colo,
perdida,
olhando para os verdes prados,
maravilhada com o sorriso que me davas....
Senti o peso da gravidade
nao quis perceber,
continuei fixada para cima
olhando,
maravilhada,
senti o baque da calçada
nas costas e por fim na cabeça...

O meu corpo contorcer-se em dor,
os vidros,
as pedras,
o entulho,
o lixo,
do chão que,
cuidadosamente lá tinhas colocado,
espetar-se,
entranhar-se,
dilacerarando-me a carne
tão profundamente
tão dolorosamente
alcançando as entranhas,
alcançando o coração e,
por fim,
a alma.

senti as gotas,
de sangue...
de lágrimas...
brotarem em mim...

mas ainda entorpecida,
recusava
a acordar.

nem o choque,
nem a dor,
nada sentia...

a visão foi-se focando novamente,
ainda olhando para cima...
e vi...
vi-te....
continuavas a sorrir da mesma maneira,
mas já não brilhavas,
já não maravilhavas,
já não aquecias...

era frio,
era pedra,
que via.

Fui acordando,
ao ver-te afastar,
sorrindo..

fui acordando,
ao ver-te desaparecer,
beijando,
embalando,
maravilhando,
entorpecendo,
outro alguém...

Só ai doeu verdadeiramente,
e,
não era o corpo,
estropiado,
que doia...

Era ver os sonhos,
passados,
futuros,
de sempre...

era ver a alma,
o calor,
o amor,
a confiança
que cuidadosamente fui salvando
da vida,
da amargura,
do infurtunio,
da maldade,
da tristeza...

Serem levados por ti,
o meu tesouro.
torturado,
roubado,
menosprezado,
pisado
perdido....

ficou o vazio que ele deixou,
ficou a tristeza de não o ter mais e,
pensar que,
se o quiser dar de novo,
não o terei...

quanto mais o tempo passa,
mais longe fico de ser feliz...

pouco e pouco,
vai-se tudo...

como tu foste...
acordando-me,
mostrando-me que na vida não há sonhos...
Que dos sonhos se acorda,
mais tarde ou mais cedo....

2009-04-16

Uma frase que me faz sentido... n sei de quem é...

às vezes construimos sonhos em cima de grds pessoas para descobrirmos que grandes eram os sonhos e as pessoas pequenas demais para tornarem-nos reais!
Anónimo

OBRIGADO MANO, tb nka t esqueço e amo muito!!!

Percebo-te,sabes que sim. E o que nao percebo, faço por perceber;e o que nao sei ou nao consigo mexer,faço por conseguir.Sempre farei...
Acredito que doa bastante, que todos os pensamentos e mais algum te passem pela cabeça, mais agora do que antes...
Dizes te sozinha, que estas vazia...e mentira, pois quando mais vazia estas, e quando mais ai estou, e quando mais sozinha estas, e quando mais estarei...
Tens medo de ficar como a mae, de que ninguem te compreenda, de te abrires ao amor, de teres uma vida.Mas isso e culpa do mundo futil de hoje em dia, que nao ve ou nao quer ver o que realmente importa;a tua sina e conseguires faze-lo.Sei-o porque tambem o faço, e sei que nao e complicado. Mas hei, sabes o que fiz? tento canalizar a minha «infutilidade» para algo em concreto, um objectivo :) mas nao so: tenho tambem sempre a consciencia que e o mundo que e diferente, nao eu, e disto estas tu ao pe de mim para me fazer lembrar...
Fizeste muito por mim, eu sei e nao me esqueço, e mesmo que pareça esquecer e nao retribua, acabo sempre por me lembrar. Contudo, estou sempre ca, para tudo, porque uma coisa e certa:mesmo que todos te abandonem, comigo leva sde certeza!
Nao te quero assim, esta nao es tu...por mais que custe, avida continua, e novos e bons momentos virao, por mais que isso pareça mentira...para cada tacho, sua panela ha :)

Pilas

2009-04-15

Um dia,
Verás que eu tinha razão.
Verás que ninguem te vai ver como eu,
Verte-á bem
Mas não com os meus olhos,
Verás que eu desapareci,
que me apagas-te...
Sentirás o vazio do teu lado,
quando te quiseres aconchegar,
Quando quiseres explodir,
Quando quiseres rir...

Um dia verás,
Que eu já não te amo,
E que o tempo não volta nunca mais,

Um dia verás que,
nem toda a diversão do mundo preenche
o peito solitário.

Um dia verás,
Que consegues não cair em tentação,
que não é facil, mas é possivel
QUando se quer muito paz

Um dia verás,
Que o mundo não és só um 1,
Que existe o dois também...

Um dia Verás,
que houve alguem
capaz de mudar o mundo
de o repintar com a tua cor favorita
só para te ver feliz...

Um dia verás,
o quanto doi,
amar sem ser amado e,
ver destruir tudo pelo que tu,
Com tanto esforço e carinho construiste.

Um dia Verás,
Estes dias,
Com olhos de ver...

Um dia Verás,
O que não vias...

Um dia Verás,
E nesse dia,
Vais pensar
em mim!
sento-me à chuva,
vejo-te partir...
Sinto as gotas frias correrem pelo rosto,
mas não sinto frio, nem as pessoas passar...
Apenas sinto uma dor profunda,
como se,
espetasses a mais acutilante das espadas
directamente no meu peito.

E fico ali, perdida...
olhando no nada...
sentindo o vazio,
sentindo a incompreensão

Como partes assim...sem sequer olhar para trás...
Como consegues que não te doa?

Não sinto o tempo,
e, fico ali perdida...
ollhando o nada...
sentido o vazio..

Passa gente,
olham para mim...
só depois penso porque olhavam....
Saio de mim e olho-me
Que triste figura,
perdida no alpendre
perdida no olhar
sentada na pedra
levando com a chuva
chorando...
perdida...

Retomo a mim,
e ouço o que falam na minha mente...
As perguntas que pairam, que torturam...

Porque não te consigo odiar?
Porque não sai raiva
Porquê?

Porque olho nos teus olhos
e sinto
que ainda vivo em ti?

Porque é que sei o que sei?
Porque não sabes o que sei?

Porque desistes?
Porque não achas importante?
O que é que passou a valer mais para ti?
Qual é a necessidade que sentes?
Diz-me!

Fui eu não fui?
Como queria que a minha carga fosse mais leve,
Como queria ser mais independente,
Como queria que visses em mim algo que admirasses,
Como queria fazer-te amar-me para sempre...

Sinto o frio...
Sinto os pés dormentes...
Acordo..
Estou na rua,
Que figura triste...
Isto não sou eu!
Enxugo as lágrimas,
Levanto-me e olho em frente...
Não posso continuar amar-te,
Não posso continuar a ser eu...

Acendo um cigarro
Enquanto decido o que vou fazer a seguir,
Rodopio o anel,
ups,
Qual anel...
Foi-se.
Hoje foi-se a ultima ligação.
Foi.se o ultimo fio
que nos ligava...

Elas caem novamente
eu não as seguro
que odio
porque não mandamos em nós?
Porque sou tão frágil?
Quando é que isto vai embora?

Amanha,
Amanha apagar-te-ei pelo caminho
Quando chegar ao verde e frio isolamento
tu ficarás para trás...
Ficarás na tua liberdade,
Nas tuas paixões,
Nos teus objectivos,
Nas tuas metas
Ficarás contigo
e eu comigo.
Juro,
Vais desaparecer!

2009-04-11

Falo contigo sozinha...pra mim...
Não ouço respostas,
Mas ouço tormentos...
torturas...

Queria que me mostrasses o sorriso que fazes quando estás cheio de ternura,
e me dissesses:
Foi tudo um pesadelo, vai ficar tudo bem...
ENroscava-me no teu peito de novo
e de novo,
sentia o mundo a minha volta desaparecer...

De tudo o que me tiras-te,
talvez seja do teu colo que eu mais vá sentir falta...
Esse lugar quente, que embala com o bater do teu coração
e me faz acreditar que o mundo é melhor do que é...
e me faz acreditar em mim e que sou capaz...

Onde vou eu agora buscar isso?
Faz-me tanta falta...

Quem é culpa? não sei...
Nem sei se há...
A haver será nossa, nunca só tua...

MAs que culpa? culpa pra mim que não queria isto...
Mas, pra ti tudo tem cor agora...
Como posso eu ficar triste se tu estas melhor?
Se te amo e tudo o que quero é ver-te feliz?
Porque sou egoista e no fim das contas,
Era a mim que queria feliz agora...

MAs disso, a culpa é minha...só minha...
Porque me deixei embalar pelo colo e acreditei
que podia abrirt o meu peito
e
deixar-te entrar...

Só agora, ao arrancares é que percebi isso...
e doi tanto...
Não imaginas...
Ninnguém imagina...
Nunca pensei...

Queria tanto acreditar no que dizes,
no que dizem,
que vai passar...
que num tarda o pesadelo acaba e,
um dia serei feliz...

Queria mesmo,
MAs,
Não consigo...

Tenho medo de ficar presa neste momento...
Tenho medo de fraquejar e acabar como ela...
perdida na própria mente...
Tenho medo de enfrentar que estou Só...
Por mais amigos e palavras doces...
Estou só...

Que idiota que fui
Ao pensar na casa como minha
Na familia como minha
No futuro como nosso...

Que raiva de não ter outro caminho...
Quer raiva de ter caido no erro de fazer minha a tua vida...

Não tens culpa, eu sei...
Não é contigo que me zango...
É comigo mesma...
É com a vida...
É com a estupidez crua e nua,
que atraiçoa a minha arrogancia em pensar
que tudo sei e passei !
Branco,
a mente...
perdido,
o pensamento, a vida...
negro,
o futuro,
vermelho,
A dor que me consome e corroi por dentro como àcido lançado nas entranhas...
Já nem sei se sei escrever..
Apenas sinto as letras como amigas que tiram o sangue derramado em mim e,
nele se imprimem...
Já não sinto o cair das lágrimas,
Já não me sinto a mim...
Apenas dor...
Grande, profunda, dilacerante...
Já não me sinto a mim...
Apenas vozes,
Que discutem, degladeam sozinhas na mente...
Já não me sinto a mim...
Apenas o bater enervante no peito que parece querer explodir...
Já não sinto amor, odio, raiva ou desespero...
Apenas vazio.

Um vazio emenso que nasce não sei donde,
Um abandono terrivel.

Sinto-me orfã,
De mim mesma, dos outros, do mundo...
Perdida numa noite eterna
tentado, lutando
por ver onde nasce o sol...

Queria tanto que tudo fosse diferente...
Queria tanto mudar o meu mundo...
A minha alma...
O meu futuro...

De que adianta erguer para cair de novo?
De que adianta acreditar em nós e seguir em frente?
De que adianta acreditar que nos amam?
De que adianta pensar?

Porque é que arrancam de mim tudo o que me traz luz?
Porque é que o mundo gira, gira... mas volta sempre ao mesmo lugar?

Porque não conseguo ser como toda a gente?
Porque é que pra mim é que sempre mais dificil?

Porque é que eu acredito ainda?

2007-03-06

isto são mais pedaços d mim k fui expressando e acumulando....
resolvi agora, então...
publicar...

2007-03-05

Sou um pedaço do tempo,
Flutuando pela vida....
Sou tudo e não sou nada.
Quem penso conhecer não conheço e
quem eu penso que me deveria já conhecer
não me conhece...
ou conhece?!
Quem sou eu?
O que sei que sou ou o que dizes que sou?
ACABOU... eu sei...
Se calhar até, há mais tempo...
Mas doi na mesma.
Doi ouvir-te sofrer
Doi-me,
a mim,
não veres o que eu vejo
Doi o fim...

Tenho raiva e odio e dor
Tenho tristeza e desilução e pena....
Pena do tanto que investimos,
Do tanto que criamos e desenhamos e
que, agora está
no lixo...

Doi-me porque simplesmente me doi...
Não há sequer mais se's,
nem porquês
nem talvez
nem desculpas

Há um fim!

Como foi que acabamos assim?
Porque é que sinto e senti sempre que empurravamos uma corda
em sentidos oposto?
Acho que nunca nos entendemos,
ou então nunca procuramos o mesmo,
ou talvez quisessemos e precisassemos
de coisas diferentes....

Cavo no mais fundo de mim
e não vejo nada do que dizes...
Procuro e só encontro desencontros...
Faltas,
Desatinos,
Incompreensões,
Abandonos,
Pressões,
Ciúmes e
não vejo nada do que dizes....

Amar, às vezes, verdadeiramente não basta.
Se pudesse, talvez, ter uma vida mais simples...
Se pudesse ser, talvez, mais simples...
Se pudesse, talvez, que fosses mais simples...
Talvez aí fossemos perfeitos um para o outro...
talvez aí, funcionassemos...

talvez...

Não quero pensar mais nisto,
Não tenho pensado...
Embora organicamente tenha sentido,
Não lhe tinha visibilidade....
Porque é que tinhas de trazer ao cimo tudo isto?
Talvez me faça realmente bem, posso ficar melhor libertando a dor...
Bem queria esticar s asas da liberdade para voltar a ser eu....
mas até isso finalmente me conseguist levar....

Quero pensar que depois da dor também morrer...
tudo ficará bem...
Nunca será como antes,
mas será melhor...
para mim e para ti...

Vou pedir sempre para que sejas feliz e encontres alguem que,
como dizes,
seja melhor que eu!
E para mim só peço alguem que me saiba mostrar que me ama....
Sentir a morte bem perto
trás uma dor que ninguem imagina...
Não é uma dor física mas sim
a dor de pensar...
....nas coisas que ficam...
...nas coisas que ainda viriam...

Morrer e ficar viva
é ainda mais doloroso...

Sentir que se é um zombie
deambulando por entre a vida
carregando às costas o peso do sofrimento
e mais uma carga de impedimentos